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Prova de Residência USP 2017 – Veterinária

A alternativa correta é a letra D:

d) desenvolver a atenção integral à saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com ênfase em: promoção e proteção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e redução de danos.

Comentário:

De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), a Atenção Básica se caracteriza como porta de entrada preferencial do SUS e deve ofertar atenção integral à saúde, considerando tanto o indivíduo quanto o coletivo. Ela tem como princípios:

  • A promoção da saúde;
  • A prevenção de agravos;
  • O diagnóstico precoce;
  • O tratamento oportuno;
  • A reabilitação;
  • E a redução de danos.

Essas ações devem ser realizadas de forma resolutiva, contínua, humanizada, com vínculo e responsabilização das equipes de saúde pelos usuários.


Análise das alternativas incorretas:

a) Trata de gestão de recursos humanos (PCCS), que é uma diretriz administrativa importante, mas não caracteriza diretamente a Atenção Básica em termos de atuação em saúde.

b) Cita cuidados secundários e terciários, que são de competência da média e alta complexidade, não da Atenção Básica.

c) Apesar de mencionar cadastramento de usuários, a inserção em programas de assistência social não é o foco principal da Atenção Básica na saúde.

e) A Atenção Básica é a porta de entrada preferencial, não uma “porta alternativa”. Além disso, a formulação está incompleta ao final (“corresponsabilizar-se pela…”).


A alternativa correta é a letra A:

a) resolução, organização e responsabilização.


Comentário:

A Portaria nº 4.279/2010, que estabelece as diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS, reforça o papel estratégico da Atenção Primária à Saúde (APS) como ordenadora do cuidado e coordenadora da RAS.

Nesse contexto, a APS deve cumprir três funções essenciais:

  1. Resolução – capacidade de resolver a maior parte dos problemas de saúde da população, de forma efetiva e com qualidade;
  2. Organização – papel de ordenar o fluxo dos usuários na rede, integrando os serviços e evitando a fragmentação;
  3. Responsabilização – vínculo contínuo com o usuário e a população de sua área de abrangência, assumindo a responsabilidade pelo cuidado integral, longitudinal e coordenado.

Essas três funções tornam a APS central na articulação entre os diferentes níveis de atenção, sendo base para um modelo de cuidado mais eficiente, humanizado e centrado no cidadão.


Análise das alternativas incorretas:

  • b) primeira consulta médica, diagnóstico e terapêutica
    → Embora sejam práticas realizadas na APS, elas não expressam as funções estruturantes da Atenção Primária no contexto da RAS.
  • c) abordagem sociocultural, encaminhamentos e matriciamentos
    → São estratégias importantes, mas não definem as funções essenciais segundo a portaria.
  • d) orientação comunitária, atenção à crise e atendimento à demanda espontânea
    → Também são ações da APS, mas não representam as funções fundamentais destacadas na Portaria nº 4.279/2010.
  • e) atendimento às urgências, acompanhamento de casos graves e coordenação
    → A APS pode atuar em situações de urgência, mas o foco principal é o cuidado contínuo e preventivo, e casos graves geralmente requerem outros níveis de atenção.

A alternativa correta é a letra D:

d) da pactuação entre Estado e Município.


Comentário:

A organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no Sistema Único de Saúde (SUS) está fundamentada na constituição de Regiões de Saúde, conforme previsto na Lei nº 8.080/1990 e detalhado no Decreto nº 7.508/2011.

Segundo o Decreto nº 7.508/2011, a Região de Saúde é um espaço geográfico contínuo, formado por agrupamentos de municípios limítrofes, que organizam e integram ações e serviços de saúde, com base em critérios de acessibilidade, escala populacional, oferta de serviços e resolutividade.

A definição de uma Região de Saúde ocorre por meio da pactuação entre o Estado e os Municípios, no âmbito da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Essa pactuação é essencial para:

  • Garantir a regionalização da saúde, prevista nas diretrizes do SUS;
  • Promover o acesso a serviços em todos os níveis de atenção;
  • Evitar a fragmentação da atenção;
  • Otimizar recursos e estruturar a RAS de forma mais equitativa e eficiente.

Análise das alternativas incorretas:

  • a) das Conferências Municipais de Saúde
    → As conferências têm papel consultivo e deliberativo sobre diretrizes de políticas públicas, mas não definem Regiões de Saúde.
  • b) do último Censo Demográfico
    → Os dados do censo podem subsidiar a análise populacional, mas não definem diretamente as Regiões de Saúde.
  • c) do acordo entre os Serviços de Saúde
    → A definição não ocorre diretamente entre os serviços, e sim na esfera da gestão pública intergovernamental.
  • e) das Portarias específicas em nível federal
    → Portarias federais regulam diretrizes gerais, mas a criação das regiões ocorre via pactuação estadual e municipal, com base na realidade local.

A alternativa correta é a letra B:

b) Atenção Básica para ampliar o acesso à Rede de Atenção à Saúde e ofertar atenção integral à população em situação de rua.


Comentário:

A proposta das Equipes de Consultório na Rua (eCR) foi instituída pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 122/2012, como uma estratégia da Atenção Básica voltada ao cuidado integral e contínuo da população em situação de rua.

As equipes atuam de forma itinerante e intersetorial, buscando ampliar o acesso à saúde, respeitando as especificidades, vulnerabilidades e modos de vida dessa população. Seu trabalho está fundamentado nos princípios do SUS, como a universalidade, equidade, integralidade e humanização do cuidado.

As principais características do Consultório na Rua incluem:

  • Inserção na Atenção Primária à Saúde (APS);
  • Ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação;
  • Trabalho em equipe multiprofissional;
  • Atuação em territórios onde vive a população em situação de rua;
  • Articulação com outros pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e com a rede de proteção social (como assistência social e políticas sobre drogas).

Análise das alternativas incorretas:

  • a) Atenção Secundária para o acompanhamento dos casos de saúde mental de uma determinada comunidade
    → A eCR atua na Atenção Básica e com população em situação de rua, não exclusivamente com saúde mental ou comunidade fixa.
  • c) Atenção Terciária para acompanhar pessoas que se recusam a permanecer em internação hospitalar
    → A eCR não é da atenção terciária, nem lida exclusivamente com internações. Foca na atenção no território e construção de vínculo.
  • d) Assistência Social, cujo intuito principal é a oferta de internação em comunidades terapêuticas
    → O Consultório na Rua é uma política de saúde, não de assistência social, e não tem como foco a internação em comunidades terapêuticas.
  • e) Reabilitação Psicossocial, que visa acompanhar pessoas em situação de internação domiciliar

Enunciado resumido:

A questão trata dos componentes da Atenção Básica em Saúde, que é o nível mais próximo do cidadão, voltado à promoção da saúde, prevenção de doenças, cuidado contínuo e integral.


Alternativa C) os Núcleos de Apoio à Saúde da Família e o Consultório na Rua.

Correta.

  • O NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) foi criado para ampliar a resolutividade da Atenção Básica, oferecendo apoio às equipes de Saúde da Família por meio de profissionais como psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, etc.
  • O Consultório na Rua é uma estratégia da Atenção Básica voltada à população em situação de rua, oferecendo cuidado contínuo, com enfoque na promoção da saúde, prevenção e reabilitação.

Ambos fazem parte da Atenção Básica, com ações específicas e adaptadas aos diferentes contextos sociais e populacionais.


Alternativa A) os Centros de Atenção Psicossocial e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde.

Errada.

  • O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) faz parte da Atenção Básica, e seus profissionais atuam diretamente com as famílias nas comunidades.
  • Porém, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços da média complexidade, inseridos na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), voltados para o cuidado em saúde mental. Não são considerados parte da Atenção Básica, apesar da articulação com ela.

Alternativa B) as Equipes de Saúde da Família e os Hospitais de Retaguarda.

Errada.

  • As Equipes de Saúde da Família (ESF) são a principal estratégia da Atenção Básica e estão corretas na alternativa.
  • Já os Hospitais de Retaguarda são estruturas de suporte à rede hospitalar (atenção secundária ou terciária), não pertencendo à Atenção Básica.

Alternativa D) as Equipes de Saúde da Família para populações ribeirinhas e os leitos de internação psiquiátrica.

Errada.

  • As ESF Ribeirinhas fazem parte da Atenção Básica, com adaptações ao contexto geográfico e cultural das populações em áreas de difícil acesso.
  • Contudo, os leitos de internação psiquiátrica são serviços especializados da atenção hospitalar/terciária, muitas vezes ligados a CAPS III ou hospitais gerais com suporte em saúde mental. Não fazem parte da Atenção Básica.

Alternativa E) as Unidades Básicas de Saúde e o Programa De Volta para Casa.

Errada.

  • As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial da Atenção Básica — até aqui, tudo certo.
  • O Programa De Volta para Casa é uma política pública da RAPS, voltada à reintegração social de pessoas que passaram por longos períodos de internação psiquiátrica. Ele está mais ligado à atenção psicossocial e reabilitação, não sendo parte integrante da Atenção Básica.

Resumo final:

AlternativaCorreta?Motivo
ACAPS não pertence à Atenção Básica
BHospitais de retaguarda são da média/alta complexidade
CNASF e Consultório na Rua são componentes da Atenção Básica
DLeitos psiquiátricos não pertencem à Atenção Básica
E“De Volta para Casa” pertence à RAPS, não à Atenção Básica

Enunciado resumido:

A pergunta quer saber qual é uma característica dos sistemas de saúde fragmentados, ou seja, desorganizados, com baixa comunicação entre os níveis de atenção (básica, secundária, terciária), o que dificulta a continuidade do cuidado.


Alternativa C) o foco nas condições agudas por meio de unidades de pronto atendimento.

Correta.

  • Sistemas fragmentados tendem a reagir aos problemas de saúde, priorizando situações agudas e emergenciais, em vez de promover cuidado contínuo e preventivo.
  • As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são exemplos desse foco reativo — embora importantes, elas não promovem a continuidade do cuidado.
  • Fragmentação significa que os diferentes serviços não se comunicam nem se articulam adequadamente. Assim, os usuários ficam “pulando de serviço em serviço”, sem coordenação.

Agora vamos analisar as alternativas incorretas:


Alternativa A) a forte tendência à coordenação do cuidado pela Atenção Básica.

Errada.

  • Isso é uma característica desejada de um sistema integrado, e não de um sistema fragmentado.
  • A coordenação do cuidado pela Atenção Básica é um princípio da Rede de Atenção à Saúde (RAS) bem estruturada.
  • Em um sistema fragmentado, essa coordenação geralmente não acontece.

Alternativa B) a organização horizontal entre o conjunto dos serviços disponibilizados.

Errada.

  • A organização horizontal é outra característica de um sistema bem articulado, que busca equidade e integração entre os serviços.
  • Em sistemas fragmentados, a estrutura costuma ser verticalizada, com setores que não se comunicam ou se duplicam, dificultando o cuidado integral.

Alternativa D) a participação ativa dos usuários e dos Conselhos Gestores.

Errada.

  • A participação popular por meio dos Conselhos de Saúde é uma conquista do SUS e da democracia participativa.
  • Em sistemas fragmentados, essa participação é mínima ou inexistente, e os usuários têm pouco poder de decisão.
  • Portanto, essa alternativa representa um ideal de gestão participativa, não de fragmentação.

Alternativa E) o atendimento centrado nas necessidades apresentadas pelo usuário.

Errada.

  • O atendimento centrado nas necessidades do usuário é um princípio da atenção integral e humanizada, presente em sistemas coordenados e organizados.
  • Em sistemas fragmentados, o atendimento é centrado no serviço, no profissional ou na doença — não na pessoa.

Resumo final:

AlternativaCorreta?Comentário
ACoordenação do cuidado pela AB é característica de sistema integrado, não fragmentado
BOrganização horizontal é de sistema bem estruturado
CFoco em condições agudas e pronto atendimento é típico da fragmentação
DParticipação ativa dos usuários é uma meta do SUS, não da fragmentação
EAtendimento centrado no usuário é característica da atenção integral, não fragmentada

Afirmação I:

“Definir o território de atuação e a população sob responsabilidade das Unidades Básicas de Saúde.”

Correta.

  • Essa é uma atribuição fundamental da Atenção Básica.
  • A adscrição territorial e o cadastramento da população são princípios básicos do modelo da Estratégia Saúde da Família (ESF).
  • A delimitação do território permite que a equipe conheça sua população, planeje ações e acompanhe os usuários de forma contínua.

Afirmação II:

“Realizar o acolhimento, a classificação etária, a avaliação de necessidade de saúde e a análise psicossocial, excluindo-se os atendimentos às urgências.”

Incorreta.

  • A Atenção Básica também atende situações de urgência, desde que sejam de baixa complexidade.
  • O acolhimento é um componente essencial, e não pode excluir as urgências de forma geral.
  • A exclusão das urgências contraria a lógica da porta de entrada do SUS, que é justamente a Atenção Básica.

Afirmação III:

“Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia e na busca por qualidade de vida pelos usuários.”

Correta.

  • Ações de educação em saúde fazem parte do trabalho cotidiano da AB.
  • São voltadas à promoção da saúde, prevenção de doenças e formação de sujeitos autônomos e conscientes de seu processo de saúde-doença.
  • Essa prática é incentivada como forma de empoderamento do cidadão.

Afirmação IV:

“Realizar cirurgias de alta complexidade sob supervisão de equipe matriciadora e apoiar ações de internação domiciliar de idosos.”

Incorreta.

  • A AB não realiza cirurgias de alta complexidade — isso é função de unidades de atenção terciária, como hospitais.
  • A internação domiciliar pode ter algum apoio da AB, mas a condução principal fica a cargo de serviços especializados de atenção domiciliar, como o programa Melhor em Casa.
  • A afirmação exagera as atribuições da AB.

Afirmação V:

“Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o desenvolvimento da atenção integral.”

Correta.

  • A intersetorialidade é um princípio da AB, que deve trabalhar em parceria com a educação, assistência social, cultura, esporte, entre outros.
  • Isso é fundamental para a atenção integral à saúde.
  • A AB não atua sozinha: ela se articula com outras políticas públicas para atuar sobre os determinantes sociais da saúde.

🎯 Gabarito: d) I, III e V.


✅ Enunciado:

Uma das características da Rede de Atenção à Saúde é:


✔️ Alternativa a) a formação de relações horizontais entre os Pontos de Atenção e a Atenção Básica.

Correta.

  • Um dos princípios estruturantes da RAS é a horizontalidade nas relações entre os serviços, especialmente com a Atenção Básica como ordenadora do cuidado.
  • Isso significa que os diversos pontos de atenção à saúde (como CAPS, UPAs, hospitais, centros especializados etc.) devem atuar de forma articulada, sem uma hierarquia rígida, favorecendo o fluxo de usuários com continuidade do cuidado.
  • A Atenção Básica coordena o cuidado, mas não está acima dos demais serviços — por isso a ênfase na relação horizontal.

Gabarito correto.


❌ Alternativa b) a organização e a comunicação da Rede baseadas em momentos de encontros informais entre gestores locais.

Incorreta.

  • A organização da RAS não se baseia em encontros informais.
  • Ela se fundamenta em pactuações formais e estruturadas, por meio das Comissões Intergestores (CIR, CIB, CIT) e nos instrumentos de planejamento, como Plano Municipal de Saúde, Programação Pactuada e Integrada (PPI) e contratualizações.
  • A comunicação e integração da rede devem ser sistemáticas e institucionais, e não apenas informais.

❌ Alternativa c) a baixa participação dos usuários em espaços gerenciais e a alta participação dos usuários em espaços de cuidado.

Incorreta.

  • O SUS preconiza a participação social tanto na gestão quanto no cuidado.
  • Usuários participam da gestão por meio dos conselhos e conferências de saúde, que são espaços deliberativos e de controle social.
  • Dizer que há baixa participação na gestão contraria os princípios da gestão participativa e do controle social.

❌ Alternativa d) o descrédito para com iniciativas de maior integração entre os trabalhadores da Rede de um determinado território.

Incorreta.

  • A RAS promove justamente o contrário: valorização da articulação entre os trabalhadores de diferentes níveis de atenção.
  • A proposta é incentivar o trabalho em equipe, o matriciamento, a comunicação entre serviços e a integração da rede no território.
  • Falar em “descrédito” vai contra os princípios da integração e coordenação do cuidado.

❌ Alternativa e) a ênfase nos procedimentos médicos em detrimento dos processos vinculares entre profissionais e usuários.

Incorreta.

  • A RAS valoriza o cuidado centrado na pessoa, com construção de vínculo e responsabilização dos profissionais de saúde.
  • A proposta da rede é superar o modelo biomédico e fragmentado, valorizando aspectos psicossociais, humanizados e integrais do cuidado.
  • Portanto, o vínculo profissional-usuário é um dos pilares do SUS, especialmente na Atenção Básica.

Correta.

  • Esta alternativa traz os três pilares fundamentais da Atenção Básica e da RAS:
    • Vínculo: relação de confiança e continuidade entre profissionais e usuários.
    • Comunicação: escuta qualificada e diálogo como base para o cuidado centrado na pessoa.
    • Responsabilização: os profissionais e as equipes assumem compromisso com a saúde do usuário ao longo do tempo, promovendo cuidado contínuo e resolutivo.
  • Estes elementos são centrais na humanização do cuidado, no acolhimento, na longitudinalidade e na coordenação do cuidado — conceitos essenciais na RAS.

Gabarito correto.


❌ Alternativa a) diagnóstico precoce, avaliação terapêutica e alta.

Incorreta.

  • Embora esses sejam elementos importantes, essa formulação tem viés hospitalocêntrico e curativista.
  • A RAS e a Atenção Básica buscam ir além da doença, promovendo saúde, prevenção, vínculo e cuidado contínuo — não apenas resolver episódios agudos e dar alta.
  • O trabalho em saúde na RAS não se limita a diagnóstico e alta, mas sim à atenção integral e longitudinal.

❌ Alternativa b) avaliação médica, aconselhamento e promoção.

Incorreta.

  • Apesar de termos positivos como “promoção”, a alternativa é limitada e centrada na figura do médico.
  • O cuidado na RAS é multiprofissional, e não pode estar centrado apenas na avaliação médica.
  • A promoção da saúde é correta, mas deve estar integrada com ações comunitárias, educação em saúde, vínculo e responsabilização — o que a alternativa não contempla de forma suficiente.

❌ Alternativa c) triagem, orientação preventiva e contato com a família.

Incorreta.

  • Esses são elementos operacionais e pontuais, e não fundamentos estruturantes da RAS.
  • A triagem pode ser usada, mas não é base do modelo de cuidado.
  • “Contato com a família” é desejável, mas sem vínculo, comunicação e responsabilização, o cuidado continua sendo fragmentado e centrado em procedimentos.

❌ Alternativa d) acolhimento, orientação comunitária e encaminhamento.

Incorreta.

✔️ Alternativa c) de referência

Correta.

  • A equipe de referência é exatamente a que:
    • Assume a responsabilidade sanitária por um grupo de pessoas de um território.
    • É identificável pelo usuário, o que favorece o vínculo, a continuidade e a responsabilização.
    • Trabalha com base na longitudinalidade do cuidado.
  • É um conceito central no modelo da Atenção Básica à Saúde, como no caso das Equipes de Saúde da Família.

✅ Gabarito correto.


❌ Alternativa a) especializada

Incorreta.

  • Equipe especializada se refere a profissionais com saber técnico especializado, como cardiologistas, endocrinologistas, etc.
  • Essas equipes atuam em níveis secundários ou terciários de atenção, e não são reconhecidas diretamente pelo usuário como responsáveis pelo seu cuidado contínuo.
  • Não se aplica ao conceito da questão, que é da Atenção Básica com vínculo territorial.

❌ Alternativa b) integrada

Incorreta.

  • Embora equipes integradas sejam desejáveis (comunicação entre profissionais), essa não é uma classificação oficial de equipe no SUS.
  • O termo “integrada” é adjetivo de funcionamento, e não define o papel estruturante da equipe no cuidado do usuário.
  • A questão pede um tipo específico de equipe, não uma característica.

❌ Alternativa d) matriciadora

Incorreta.

  • A equipe matriciadora não é responsável diretamente por um grupo de usuários.
  • Seu papel é apoiar as equipes de referência, oferecendo suporte técnico-pedagógico, como fazem os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).
  • O usuário não reconhece a equipe matriciadora como sua equipe de cuidado direto, pois ela atua nos bastidores do apoio técnico.

❌ Alternativa e) transdisciplinar

Incorreta.

  • O termo transdisciplinar descreve a forma de atuação conjunta entre os profissionais, superando os limites entre especialidades.
  • Assim como a alternativa “integrada”, esse é um modo de trabalho, e não um tipo de equipe formalmente reconhecida no SUS.
  • A questão busca uma categoria organizacional do SUS, não um conceito de metodologia de equipe.

✔️ Alternativa e) Clínica Ampliada

Correta.

  • A Clínica Ampliada é uma das principais diretrizes da PNH.
  • Refere-se à ampliação do olhar clínico tradicional, considerando não só os aspectos biológicos da doença, mas também:
    • A subjetividade do paciente.
    • A escuta qualificada.
    • O contexto social e familiar.
    • A corresponsabilização no processo de cuidado.
  • É uma prática que valoriza o diálogo, o acolhimento e o trabalho interdisciplinar, reforçando a humanização no atendimento.

✅ Gabarito correto.


❌ Alternativa a) Triagem

Incorreta.

  • A triagem é uma ferramenta administrativa ou técnica utilizada para organizar o atendimento por gravidade ou prioridade, especialmente em unidades de pronto atendimento.
  • Não é uma diretriz da PNH, pois a triagem, por si só, não garante humanização e pode, inclusive, gerar práticas excludentes quando mal utilizada.
  • A PNH propõe o acolhimento com classificação de risco, que é diferente da simples triagem.

❌ Alternativa b) Comunicação Transpessoal

Incorreta.

  • Comunicação transpessoal é um conceito mais ligado a correntes da psicologia humanista ou holística.
  • Não é uma diretriz formal da Política Nacional de Humanização, nem aparece nos documentos oficiais do SUS.
  • Pode ser confundida com o incentivo à comunicação qualificada, mas não é um termo institucional da PNH.

❌ Alternativa c) Gestão Verticalizada

Incorreta.

  • A gestão verticalizada (ou hierarquizada) é contrária à proposta da PNH.
  • A PNH defende a gestão participativa, com descentralização, cogestão e valorização dos trabalhadores e usuários.
  • A gestão verticalizada, baseada em decisões de cima para baixo, é vista como limitadora da autonomia e corresponsabilização, e por isso é combatida pela PNH.

❌ Alternativa d) Paradigma Biomédico

Incorreta.

  • O paradigma biomédico é justamente o modelo tradicional que a PNH procura superar ou complementar.
  • Ele se baseia apenas no aspecto biológico da doença, desconsiderando o sujeito em sua totalidade.
  • A PNH defende uma abordagem mais integral, subjetiva e relacional, como se propõe na Clínica Ampliada.

✔️ Alternativa c) Limitação de autonomia

Correta.

  • A autonomia é um dos princípios fundamentais da bioética, e diz respeito ao direito do indivíduo de tomar decisões sobre si mesmo — inclusive em relação ao próprio cuidado em saúde.
  • Quando um usuário se sente coagido, pressionado ou com medo de represálias por se posicionar, sua autonomia está limitada, mesmo que de forma não explícita.
  • A simples ameaça simbólica (ex: “se eu reclamar, posso perder a vaga”) já caracteriza essa limitação, pois interfere na liberdade de expressão e decisão do paciente.

✅ Gabarito está correto.


❌ Alternativa a) Resiliência

  • Resiliência é a capacidade de enfrentar, resistir e superar adversidades.
  • Embora os usuários possam estar tentando lidar com a situação, isso não justifica ou legitima a pressão ética que sofrem.
  • O foco da questão não é sobre como os usuários “aguentam”, e sim sobre a violação de um direito ético.

❌ Alternativa b) Capacidade de adaptação

  • Assim como a resiliência, a adaptação é uma resposta individual ao ambiente, mas não resolve a questão ética da coação implícita.
  • O fato de alguém se adaptar a um ambiente opressor não significa que o ambiente seja eticamente aceitável.
  • Aqui, o problema não é o comportamento do usuário, mas sim a condição estrutural que limita sua liberdade.

❌ Alternativa d) Liberdade de escolha

  • Essa alternativa seria correta se o usuário estivesse livre para se manifestar sem medo.
  • No entanto, a questão mostra justamente o contrário: a liberdade está comprometida pelo medo de perder a vaga.
  • Portanto, falar em liberdade de escolha não condiz com a realidade apresentada.

❌ Alternativa e) Não malefício

  • O princípio da não maleficência (ou não causar dano) é outro pilar da bioética.
  • No entanto, a questão não trata diretamente de danos físicos ou diretos, e sim de uma limitação na esfera da autonomia.
  • Ainda que possa haver malefícios indiretos (psicológicos, por exemplo), o foco da questão é claro na restrição do direito de expressão e decisão.

✔️ Alternativa b) Consiste na compreensão e na assimilação das informações pelo usuário, as quais podem ser retomadas ao longo do tratamento.

Correta.

  • A ética em saúde preconiza o princípio da autonomia, o que só é possível se o usuário estiver bem informado.
  • Informar não é apenas falar ou entregar um documento — é garantir que o paciente entenda e assimile as informações.
  • O processo de informação deve ser contínuo, ocorrendo sempre que necessário ao longo do cuidado.
    Isso inclui reexplicar, esclarecer dúvidas e adaptar a linguagem à realidade do usuário.

✅ Por isso, essa é a única alternativa compatível com uma prática ética, centrada na pessoa.


❌ Alternativa a) Ele deve acontecer apenas na primeira consulta, para não confundir o usuário com informações que ele não conseguiria compreender.

  • Errada por dois motivos:
    • A informação não deve ser pontual, e sim contínua.
    • Pressupor que o usuário não tem capacidade de compreensão é uma visão paternalista e desrespeitosa.
  • A comunicação deve ser adequada ao nível de compreensão do paciente, mas nunca omitida por esse motivo.

❌ Alternativa c) Ele não deve ocorrer quando o usuário é portador de transtornos mentais; nesse caso, a família é que deve ser informada sobre o cuidado ofertado.

  • Completamente equivocada.
  • Ter transtornos mentais não elimina o direito à informação, nem à autonomia.
  • Só em situações muito específicas e legalmente justificadas (ex: interdição judicial) é que esse direito pode ser transferido a terceiros.
  • No geral, o usuário com transtorno mental deve ser informado de maneira acessível e respeitosa, sempre que possível.

❌ Alternativa d) A informação sobre o cuidado ofertado deve ser disponibilizada por meio da leitura do prontuário, conforme a exigência do usuário.

  • Embora o usuário tenha direito ao acesso ao prontuário, isso não substitui o dever do profissional de informar verbalmente.
  • O prontuário pode ser um complemento, mas não é suficiente nem acessível a todos.
  • Informação ética exige diálogo direto e acessível.

❌ Alternativa e) Qualquer familiar pode ser informado sobre o tratamento ofertado ao usuário, mesmo sem o seu consentimento prévio.

  • Errada.
  • A confidencialidade é um princípio ético e legal.
  • Somente com consentimento do usuário é possível compartilhar informações com familiares.
  • Quebrar o sigilo sem justificativa legal ou consentimento é uma violação da ética e pode gerar responsabilidade civil e profissional.

✔️ Alternativa b) não permite ao usuário manifestar sua vontade e quando o usuário aceita tudo o que é proposto pelo profissional, por considerar que “o doutor é quem sabe”.

Correta.

  • O paternalismo em saúde ocorre quando o profissional toma decisões pelo usuário, sem ouvi-lo, com a justificativa de que “sabe o que é melhor”.
  • Do lado do usuário, o paternalismo aparece quando ele abdica da própria autonomia, acreditando que o médico ou profissional sempre “sabe tudo” e aceita passivamente qualquer decisão, sem questionar ou dialogar.

✅ Esta alternativa descreve perfeitamente esse tipo de relação: profissional autoritário + usuário submisso = relação paternalista.


❌ Alternativa a) não respeita a autonomia do usuário e quando o usuário questiona a conduta do profissional.

  • Parcialmente correta na descrição do profissional, mas errada sobre o usuário.
  • Questionar a conduta do profissional é exercício de autonomia, e não expressão de postura paternalista.
  • O paternalismo é justamente o contrário: aceitação passiva.

❌ Alternativa c) não leva em consideração a opinião do usuário e quando o usuário busca compartilhar com a equipe as suas decisões em relação ao cuidado ofertado.

  • Também descreve corretamente o paternalismo do profissional, mas erra quanto ao comportamento do usuário.
  • Um usuário que busca compartilhar decisões com a equipe está exercendo autonomia e protagonismo, não sendo passivo nem paternalista.

❌ Alternativa d) busca informar o usuário sobre o cuidado ofertado para facilitar a sua compreensão e quando o usuário não se vê como agente ativo em seu tratamento.

  • O profissional que busca informar está atuando de forma ética, não paternalista.
  • Já o usuário descrito está, de fato, com postura passiva, mas o item mistura uma atitude correta do profissional com uma postura problemática do usuário, o que descaracteriza o par como representando o paternalismo de ambos.

❌ Alternativa e) leva em consideração apenas a vontade dos familiares e quando o usuário questiona a não consideração de sua vontade por parte do profissional.

  • O profissional, ao ignorar o usuário e ouvir apenas os familiares, está sendo paternalista ou mesmo autoritário.
  • No entanto, o usuário que questiona essa postura está exercendo sua autonomia, o que não representa paternalismo.

✔️ Alternativa e) mudança de foco do “doente” para as “doenças” nas práticas de saúde.

Correta.

  • A descoberta dos microrganismos, com os estudos de Pasteur, Koch e outros, marcou a consolidação do modelo biomédico.
  • Esse modelo cientificizou o adoecer, centralizando a atenção na doença, nos agentes causadores e nos processos biológicos, reduzindo a importância da dimensão subjetiva e social do doente.
  • Houve, portanto, uma mudança do foco no sujeito (doente) para o objeto (doença).

✅ Essa é a essência da crítica ao modelo biomédico tradicional: ele trata a doença, e não a pessoa.


❌ Alternativa a) descrédito da comunidade científica em relação ao modelo biomédico emergente.

  • Incorreta.
  • O que ocorreu foi o contrário: a descoberta dos microrganismos fortaleceu o modelo biomédico, que passou a explicar o adoecimento com base em fatores objetivos, mensuráveis e biológicos.
  • O modelo biomédico ganhou grande legitimidade após essas descobertas.

❌ Alternativa b) validação pela ciência dos saberes populares sobre o adoecimento.

  • Incorreta.
  • A ciência, com a microbiologia e a bacteriologia, passou a deslegitimar os saberes populares, como os conhecimentos empíricos, religiosos ou tradicionais.
  • Houve uma ruptura, e não uma validação desses saberes.

❌ Alternativa c) significativo avanço das atitudes relacionais nas práticas de saúde.

  • Incorreta.
  • O modelo biomédico enfatizou o biológico e tecnológico, reduzindo o papel da relação profissional-paciente.
  • As atitudes relacionais só ganham força com modelos mais recentes, como a clínica ampliada e o modelo biopsicossocial.

❌ Alternativa d) retrocesso do modelo agente-hospedeiro-ambiente em função de um modelo explicativo mágico-religioso.

  • Incorreta.
  • Primeiro, o modelo agente-hospedeiro-ambiente só foi sistematizado no século XX, com a epidemiologia moderna.
  • Segundo, a descoberta dos microrganismos afastou as explicações mágico-religiosas e reforçou explicações científicas e racionais, não o contrário.

✔️ Gabarito: b) I, denominado estágio de movimento voluntário, é comum a ocorrência de nistagmo, principalmente em equinos.

Correta.

  • O estágio I da anestesia geral é o início da indução, no qual o animal está consciente mas sob efeito inicial do anestésico.
  • movimento voluntário, aumento da sensibilidade e, em alguns casos (notadamente nos equinos), pode haver nistagmo (movimento involuntário dos olhos).
  • O nistagmo é uma característica frequente em cavalos durante as fases iniciais da indução anestésica, sendo útil como indicador de profundidade anestésica.

❌ a) III, considerado o estágio de anestesia cirúrgica, encontra-se bradicardia progressiva e hipertensão.

Incorreta.

  • O estágio III é, de fato, o estágio da anestesia cirúrgica.
  • Porém, nele ocorre bradicardia com hipotensão, não hipertensão.
  • A depressão do sistema nervoso autônomo provoca vasodilatação e queda da pressão arterial, e a frequência cardíaca também pode diminuir.

❌ c) III, considerado o estágio de anestesia cirúrgica, observa-se reflexo laríngeo diminuído mas ainda sem possibilidade de intubação.

Incorreta.

  • O reflexo laríngeo costuma estar abolido ou bastante reduzido no estágio III, permitindo a intubação traqueal com segurança.
  • Portanto, essa afirmação contradiz a prática anestésica: a intubação é normalmente realizada no início do estágio III.

❌ d) II, denominado estágio respiratório, ocorre progressiva diminuição da frequência respiratória.

Incorreta.

  • O estágio II é chamado de período de excitação ou delírio, não “estágio respiratório”.
  • Nele, há atividade motora involuntária, irregularidade respiratória (mas não necessariamente queda progressiva da frequência), e reflexos exacerbados.
  • A frequência respiratória pode estar aumentada ou irregular, e não em queda progressiva — isso ocorre no estágio III.

❌ e) I, denominado estágio de movimento voluntário, há ausência de salivação e de reflexo orofaríngeo.

Incorreta.

  • No estágio I, o animal está consciente e começa a sentir os efeitos do anestésico.
  • salivação normal ou aumentada (em alguns casos, especialmente com anestésicos injetáveis).
  • O reflexo orofaríngeo ainda está presente neste estágio, pois o SNC não está suficientemente deprimido.

✅ Gabarito: a) em equinos, a percussão torácica pode ser utilizada em casos de suspeita de efusão pleural.

Correta.

  • A percussão torácica é uma técnica diagnóstica útil em equinos quando se suspeita de acúmulo de líquido na cavidade pleural (efusão pleural).
  • Essa técnica permite detectar áreas de macicez (som abafado) em vez do som claro normal, sugerindo presença de líquido.
  • Apesar de ter uso limitado nos equinos por causa do tórax espesso, ainda é recomendada em certas situações respiratórias como complemento à auscultação.

❌ b) ruminantes, o ceco pode ser facilmente acessado por palpação retal.

Incorreta.

  • Em ruminantes, o ceco não é facilmente palpável ao exame retal, pois ele se localiza mais cranialmente e profundamente.
  • Órgãos que normalmente são acessíveis via palpação retal em bovinos, por exemplo, incluem o rúmen, útero (em fêmeas), bexiga e alças intestinais, mas não o ceco com facilidade.
  • Essa afirmativa confunde o exame retal de ruminantes com o de equinos, onde o ceco é mais comumente palpável.

❌ c) equinos, os linfonodos pré-crurais podem ser facilmente palpados.

Incorreta.

  • Nos equinos, os linfonodos pré-crurais (inguinais superficiais) não são facilmente palpáveis em condições normais.
  • Os linfonodos que costumam ser mais palpáveis são os submandibulares.
  • Quando os pré-crurais são palpáveis, isso pode indicar processo inflamatório ou aumento patológico.

❌ d) ruminantes, os linfonodos palpáveis na cabeça são o lingual, o submandibular e o retrofaríngeo.

Incorreta.

  • Nos ruminantes, os linfonodos da cabeça que são facilmente palpáveis são:
    • Submandibulares e, em alguns casos, os parotídeos.
  • Os linfonodos linguais não existem como estrutura anatômica reconhecida.
  • Os retrofaríngeos geralmente não são palpáveis externamente, pois estão localizados profundamente.
  • Logo, a opção lista linfonodos incorretamente.

❌ e) equinos, a palpação retal permite facilmente o acesso ao rim direito.

Incorreta.

  • Em equinos, o rim direito está muito cranial e dorsal, de difícil acesso por palpação retal.
  • O rim esquerdo, por outro lado, pode ser palpado com mais facilidade, especialmente em cavalos de maior porte.
  • Essa alternativa apresenta um erro anatômico clássico.

✅ Gabarito: c) Em casos de pleuropneumonia, o animal pode apresentar dor à palpação da parede torácica.

Correta.

  • A pleuropneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar associada à pleura (membrana que recobre o pulmão e a parede torácica).
  • Como a pleura é rica em terminações nervosas, sua inflamação causa dor torácica, que pode ser notada à:
    • Palpação da parede torácica,
    • Percussão, e
    • Durante a respiração profunda.
  • O animal pode apresentar taquipneia, posição antálgica (pescoço estendido) e resistência à manipulação torácica.

❌ a) Entre 6 e 10 meses de idade, os potros geralmente são afetados pelo Rhodococcus equi.

Incorreta (mas quase correta).

  • O Rhodococcus equi realmente é um patógeno comum em potros, mas:
    • A idade mais crítica é entre 1 e 6 meses.
    • Ocorre geralmente por inalação de poeira contaminada.
  • A faixa etária indicada na alternativa (6 a 10 meses) está ligeiramente fora da faixa de maior risco, o que torna a afirmação imprecisa.

❌ b) Geralmente adquiridas por via inalatória, as pneumonias fúngicas são as mais comuns em animais jovens.

Incorreta.

  • Pneumonias fúngicas em equinos são raras, especialmente em animais jovens.
  • As causas mais comuns de pneumonia em potros são:
    • Bacterianas (como Rhodococcus equi),
    • Vírus (como influenza ou herpesvírus),
    • Ou pneumonia por aspiração.
  • A via inalatória é comum para vários agentes, mas as fúngicas não são prevalentes, tornando a afirmação equivocada.

❌ d) Em potros, um fator determinante importante para as pneumonias é a predisposição genética.

Incorreta.

  • A predisposição genética não é um fator primário para pneumonia em potros.
  • Os fatores mais importantes são:
    • Imunossupressão (por falha de transferência de imunidade passiva),
    • Ambientes contaminados (estábulos mal ventilados),
    • Alta carga bacteriana no ar (como em áreas com muito pó).
  • A genética pode até ter papel secundário, mas não é determinante.

❌ e) Em casos de pleuropneumonia bacteriana, o uso de antibióticos é contraindicado, visto que o acúmulo de secreção pleural impede sua atuação.

Incorreta.

  • Pelo contrário, o uso de antibióticos é essencial nesses casos!
  • Mesmo com acúmulo de exsudato pleural, os antibióticos ainda são usados, associados a:
    • Drenagem torácica (toracocentese ou drenagem contínua),
    • Terapia de suporte (anti-inflamatórios, fluidoterapia).
  • A secreção pleural não impede totalmente a ação dos antibióticos, e tratá-la envolve esvaziamento e antibióticoterapia simultânea.

✅ Gabarito:

e) A imersão dos tetos em solução desinfetante antes da ordenha é uma das medidas mais importantes de prevenção da mastite contagiosa.

Correta.

  • A mastite contagiosa é causada por patógenos que vivem na glândula mamária e são transmitidos durante a ordenha, como Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae.
  • A desinfecção dos tetos (pré-dipping) antes da ordenha reduz a carga microbiana superficial e evita a entrada de agentes pelo canal do teto.
  • O pós-dipping (após a ordenha) também é importante, especialmente para evitar infecções por agentes contagiosos.

❌ a) “Em casos de mastite de origem ambiental, o controle é bastante simples e envolve a pulverização do ambiente.”

Incorreta.

  • A mastite ambiental é causada por microrganismos presentes no ambiente, como E. coli e Streptococcus uberis.
  • O controle não se limita a “pulverizar” o ambiente. Envolve:
    • Higiene da cama e instalações,
    • Correta desinfecção dos tetos,
    • Melhorias na ventilação e no manejo.
  • A pulverização não é método principal nem suficiente.

❌ b) “Mastite sem alterações visíveis no leite, detectada apenas pelo CMT, não deve ser motivo de preocupação, visto que tem resolução espontânea.”

Incorreta.

  • A mastite subclínica (sem alterações visuais, mas com inflamação detectável por CMT ou CCS alta) é altamente relevante:
    • Reduz a produção de leite,
    • Aumenta a contaminação do tanque,
    • Pode evoluir para forma clínica.
  • Não deve ser negligenciada, mesmo que possa haver resolução espontânea em alguns casos.

❌ c) “A mastite gangrenosa tem bom prognóstico, resolvendo-se rapidamente após 24h de aplicação de anti-inflamatório.”

Incorreta.

  • A mastite gangrenosa (geralmente causada por Staphylococcus aureus ou Clostridium spp.) é uma forma grave e muitas vezes fatal.
  • Envolve necrose da glândula mamária, toxemia, febre alta, colapso sistêmico.
  • O prognóstico é reservado a ruim, e o tratamento inclui:
    • Antibióticos de amplo espectro,
    • Fluidos,
    • Antiinflamatórios,
    • E, muitas vezes, mastectomia ou até eutanásia.

❌ d) “Em casos de mastite, a colheita de amostras de leite para cultivo microbiológico deve ser feita por punção da glândula mamária para evitar contaminação externa.”

Incorreta.

A punção pode causar contaminação secundária e lesões internas. Jamais se deve realizar punção da glândula mamária para coleta de leite. A amostra deve ser coletada:

Pelo orifício do teto, após:

Higienização com álcool 70%,

Desprezo dos primeiros jatos,

Uso de frasco estéril.

✅ Gabarito:

d) Déficits proprioceptivos nos quatro membros, sem alterações encefálicas, podem indicar lesão medular cervical.

Correta.

  • A medula espinhal cervical (C1–C5 ou C6–T2) contém vias motoras e proprioceptivas para os quatro membros.
  • Lesões cervicais podem causar déficits proprioceptivos (perda de percepção de posição) tanto nos membros torácicos quanto pélvicos, sem necessariamente haver sinais encefálicos (como convulsões, alteração de consciência, etc.).
  • Isso indica um problema medular, e não cerebral.

❌ a) “Paresia de membros pélvicos com movimentos espásticos indicam lesão de neurônio motor inferior.”

Incorreta.

  • Movimentos espásticos (hipertonia, reflexos aumentados) são característicos de lesão de neurônio motor superior (NMS), e não inferior.
  • Lesões de neurônio motor inferior (NMI) causam flacidez, hipotonia, hiporreflexia ou arreflexia.
  • A paresia espástica dos membros pélvicos geralmente indica lesão medular toracolombar (acima do centro do NMI dos membros pélvicos).

❌ b) “Tremor intencional é observado nas lesões de nervos periféricos.”

Incorreta.

  • Tremor intencional (aquele que ocorre durante o movimento voluntário, piora quanto mais se aproxima do alvo) é característico de lesões cerebelares.
  • Lesões de nervos periféricos causam paresias, flacidez, atrofia muscular, mas não tremores intencionais.

❌ c) “Paralisia de lábios, pálpebras e orelha indicam lesão do nervo trigêmeo.”

Incorreta.

  • O nervo trigêmeo (V par craniano) é responsável pela sensibilidade da face e inervação motora dos músculos mastigatórios.
  • A paralisia de lábios, pálpebras e orelha está relacionada ao nervo facial (VII par craniano), que controla os músculos da expressão facial.
  • Portanto, a descrição corresponde a lesão do nervo facial, não trigêmeo.

❌ e) “A inclinação lateral da cabeça (head tilt) é encontrada na alteração cerebral.”

Incorreta.

  • O head tilt é classicamente associado a lesões vestibulares, que podem ser periféricas (labirinto, nervo vestibulococlear) ou centrais (tronco encefálico, cerebelo).
  • Não é um sinal característico de lesão cerebral (córtex cerebral), que tende a causar convulsões, alteração de comportamento, cegueira cortical, etc.

Gabarito: e)

Correta.

  • Mormo é uma doença infectocontagiosa, zoonótica e de notificação obrigatória, causada pela bactéria Burkholderia mallei.
  • Animais suspeitos ou aparentemente saudáveis que testam positivos em provas sorológicas (como a maleína e o teste de fixação do complemento) devem ser eutanasiados, conforme protocolos oficiais.
  • A eutanásia é obrigatória para evitar a disseminação da doença, sendo feita por agentes oficiais em locais autorizados.
  • A doença não tem tratamento permitido em animais no Brasil por questões sanitárias.

a) “É uma doença infectocontagiosa que acomete somente equinos, cujo agente é a bactéria Burkholderia mallei.”

Incorreta.

  • Apesar de o agente etiológico estar certo (Burkholderia mallei), o erro está em dizer que acomete somente equinos.
  • Mormo também pode acometer muares, asininos e até humanos, sendo uma zoonose grave.
  • Portanto, a exclusividade aos equinos torna a alternativa errada.

b) “Caracteriza-se macroscopicamente por lesões nodulares ulcerativas na pele e na mucosa genitourinária. O padrão morfológico da lesão é granulomatoso.”

Incorreta.

  • As lesões típicas do Mormo ocorrem na mucosa nasal, traqueia, pulmões e pele.
  • O erro aqui está em afirmar envolvimento da mucosa genitourinária, o que não é característico da doença.
  • Além disso, o padrão morfológico granulomatoso pode estar presente, mas não é exclusivo nem definidor da enfermidade.

c) “É causado pela Burkholderia mallei, que é considerado agente potencial de bioterrorismo, pois é uma protozoose.”

Incorreta.

  • Embora a Burkholderia mallei seja realmente considerada agente potencial de bioterrorismo, o erro grave da alternativa é classificá-la como protozoário.
  • A Burkholderia mallei é uma bactéria Gram-negativa — não um protozoário.
  • Portanto, incorreta.

d) “O diagnóstico é baseado nos achados laboratoriais de avaliação da exsudação nasal e na pesquisa de antígenos em provas sorológicas.”

Incorreta.

  • O diagnóstico clínico e laboratorial pode envolver exsudato nasal, mas o método-padrão é a pesquisa de anticorpos, e não de antígenos, em provas sorológicas como:
    • Teste de maleína (hipersensibilidade tardia);
    • Fixação do complemento (mais comum);
    • ELISA, entre outros.
  • A menção à “pesquisa de antígenos” está incorreta no contexto da sorologia do mormo.

Alternativa D — Gabarito: incorreta (correta para marcar)

“Adaptações são alterações reversíveis no tamanho e número de células, tais como hipertrofia e hiperplasia, respectivamente, aumento do tamanho de células e redução do número de células.”

Comentário:

  • Essa afirmação está incorreta, pois:
    • Hipertrofia: é o aumento do tamanho das células, levando ao aumento do órgão ou tecido. Correto.
    • Hiperplasia: é o aumento no número de células, não uma redução, como afirma a alternativa.
  • Portanto, o erro está na definição de hiperplasia.

✅ É a alternativa errada, que deve ser marcada como resposta da questão.


Alternativa A

“Necrose celular é a lesão irreversível causada por hipóxia/anoxia, isquemia ou lesão de membrana plasmática, e os tipos morfológicos são necrose por coagulação, liquefação, caseificação, necrose gangrenosa e esteatonecrose.”

Comentário:

  • Necrose é de fato uma lesão irreversível, resultante de causas como hipóxia, anóxia, isquemia e danos na membrana plasmática.
  • Os tipos morfológicos mencionados estão corretos:
    • Coagulação (ex: infarto);
    • Liquefação (ex: abcessos);
    • Caseificação (ex: tuberculose);
    • Gangrenosa (seca, úmida, gasosa);
    • Esteatonecrose (necrose gordurosa, comum no pâncreas).
  • Portanto, correta.

Alternativa B

“Degeneração é a lesão reversível que resulta em acúmulo de substâncias nas células, sendo exemplos degeneração hidrópica, balonosa ou tumefação celular.”

Comentário:

  • Degeneração celular é, sim, uma lesão reversível, geralmente ligada a alterações no metabolismo celular.
  • Degeneração hidrópica, balonosa e tumefação celular são exemplos típicos de acúmulo de água (edema intracelular), principalmente em decorrência de falhas na bomba de Na⁺/K⁺ da membrana.
  • Correta.

Alternativa C

“Atrofia é a redução no tamanho do tecido ou órgão devido à redução no tamanho da célula e no número.”

Comentário:

  • Atrofia pode ocorrer por:
    • Redução do tamanho das células (atrofia simples),
    • E/ou redução no número de células (atrofia numérica).
  • Ex: desuso, desnervação, desnutrição, senilidade.
  • Portanto, a definição está correta.

Alternativa E

“Metaplasia é uma alteração reversível na qual uma célula diferenciada (epitelial ou mesenquimal) é substituída por outro tipo celular.”

Comentário:

  • Metaplasia é uma adaptação celular reversível em que um tipo celular maduro é substituído por outro tipo maduro da mesma linhagem (epitelial ou mesenquimal).
    • Ex: epitélio respiratório cilíndrico → epitélio escamoso em fumantes.
  • Importante: é um mecanismo de defesa, mas pode predispor à displasia e neoplasia se persistir.
  • Está correta.

Alternativa B – Gabarito correto

“O tecido lesionado passa pelas etapas de hemostasia, inflamação aguda, proliferação de vasos e fibroblastos e formação da cicatriz com maturação do colágeno.”

Comentário:

  • Esta alternativa descreve corretamente as fases clássicas da cicatrização:
    1. Hemostasia: vasoconstrição e formação do coágulo.
    2. Inflamação aguda: recrutamento de neutrófilos e macrófagos.
    3. Proliferação: angiogênese, fibroplasia, formação de tecido de granulação.
    4. Maturação/remodelação: substituição do colágeno tipo III pelo tipo I, resultando na formação da cicatriz definitiva.
  • Portanto, está correta.

Alternativa A

“Cicatrização por primeira intenção se caracteriza por bordos aproximados por suturas ou bandagens, ferida séptica e a ocorrência de fenômeno de contração.”

Comentário:

  • A cicatrização por primeira intenção ocorre em feridas limpas, assépticas, com bordas bem aproximadas, como após cirurgias.
  • A contração da ferida é mais típica da cicatrização por segunda intenção.
  • E ferida séptica é incompatível com primeira intenção.
  • Logo, está incorreta.

Alternativa C

“O tecido de granulação é marca do processo de cicatrização e se caracteriza por ser firme, esbranquiçado, sem anexos cutâneos e retraído.”

Comentário:

  • O tecido de granulação realmente é um marco da cicatrização (fase proliferativa), mas:
    • Ele é avermelhado, frágil e rico em vasos, não esbranquiçado.
    • Também não é retraído — a retração é fenômeno posterior, ligado à maturação da cicatriz.
    • Pode não conter anexos cutâneos, mas os demais aspectos estão incorretos.
  • Portanto, a alternativa é falsa.

Alternativa D

“Os macrófagos desempenham função fundamental na liberação de fatores de crescimento e na contração da ferida.”

Comentário:

  • Os macrófagos são realmente fundamentais na cicatrização, principalmente na fase inflamatória e de transição para a fase proliferativa.
  • Eles liberam fatores de crescimento (como TGF-β, PDGF), recrutando fibroblastos e promovendo angiogênese.
  • Contudo, a contração da ferida é mediada principalmente por miofibroblastos, não pelos macrófagos.
  • Logo, a alternativa está parcialmente correta, mas contém erro conceitual importante → incorreta.

Alternativa E

“A matriz extracelular é sintetizada por metaloproteinases, as quais são sinalizadas por citocinas, fatores de crescimento liberados no local da ferida.”

Comentário:

  • As metaloproteinases da matriz (MMPs) são enzimas responsáveis por degradar componentes da matriz extracelular, não por sintetizá-la.
  • Quem sintetiza a matriz extracelular (colágeno, fibronectina, etc.) são os fibroblastos.
  • As MMPs realmente são reguladas por citocinas e fatores de crescimento, mas a afirmação central está errada.
  • Logo, alternativa falsa.

Resumo

AlternativaCorreta?Comentário resumido
AConfunde conceitos de primeira intenção e contração.
BDescreve corretamente as fases da cicatrização.
CCaracterísticas incorretas do tecido de granulação.
DAtribui a contração da ferida a macrófagos, o que é incorreto.
EMMPs degradam, não sintetizam matriz extracelular.

Alternativa A – Gabarito correto

“IC é a inflamação de duração prolongada que ocorre devido à persistência/resistência de agentes ou estímulo incitante, isolamento do tecido, doença inflamatória imune-mediada, autoimunidade e outros mecanismos não identificados.”

Comentário:

  • Perfeita descrição da inflamação crônica, que é:
    • Duradoura, podendo se estender por semanas, meses ou anos.
    • Associada à persistência de agentes infecciosos, corpos estranhos, doenças autoimunes, reação a antígenos endógenos ou mecanismos imunes desregulados.
  • Está totalmente correta e reflete bem a etiopatogenia da inflamação crônica.

Alternativa B

“IA se caracteriza por sinais cardinais: calor, rubor, tumor, dor, perda de função e, morfologicamente, por edema, infiltrado de monócitos e plasmócitos.”

Comentário:

  • A primeira parte está correta: os sinais clássicos da inflamação aguda (calor, rubor, tumor, dor e função comprometida).
  • Mas o erro está na composição celular:
    • Inflamação aguda é predominada por neutrófilos, não por monócitos e plasmócitos, que são característicos da inflamação crônica.
  • Portanto, essa alternativa está errada.

Alternativa C

“IC se caracteriza por edema, infiltrado de neutrófilos, linfócitos, macrófagos e calcificação.”

Comentário:

  • A inflamação crônica não se caracteriza por edema e neutrófilos — estes são marcadores da inflamação aguda.
  • A inflamação crônica é marcada por linfócitos, macrófagos e células plasmáticas, além de tentativas de reparação tecidual, como angiogênese e fibrose.
  • A calcificação pode ocorrer em contextos específicos (ex: necrose), mas não é característica fundamental da IC.
  • Alternativa incorreta.

Alternativa D

“IC tem como marca tecido de granulação caracterizado por macrófagos epitelioides, infiltrado de linfócitos e células gigantes.”

Comentário:

  • Aqui ocorre uma confusão de conceitos:
    • O tecido descrito (com macrófagos epitelioides e células gigantes) é típico do granuloma, presente em inflamação granulomatosa — um subtipo de inflamação crônica.
    • Já o tecido de granulação é outra estrutura, típica do processo de cicatrização, formado por fibroblastos, angiogênese e matriz extracelular frouxa.
  • Portanto, houve uma mistura indevida de dois conceitos distintos, o que torna a alternativa falsa.

Alternativa E

“IA se caracteriza por contração arteriolar e venular associada à presença de macrófagos e proliferação de fibroblastos.”

Comentário:

  • Na inflamação aguda, o que ocorre é uma vasodilatação arteriolar, aumento da permeabilidade vascular e extravasamento de exsudato.
  • Macrófagos e fibroblastos são predominantes na fase crônica ou na reparação tecidual, não na inflamação aguda.
  • A alternativa está errada em vários aspectos fisiopatológicos.

Resumo

AlternativaCorreta?Comentário resumido
ADefine corretamente as causas da inflamação crônica.
BConfunde células da inflamação aguda (neutrófilos) com crônicas (monócitos, plasmócitos).
CEdema e neutrófilos são típicos da inflamação aguda, não crônica.
DConfunde tecido de granulação com inflamação granulomatosa.
EErros conceituais sobre mecanismos vasculares e células predominantes da IA.

Alternativa C (Gabarito oficial):

Ausência de anaplasia, ausência de invasão local, crescimento lento, cápsula presente, estrutura semelhante ao tecido de origem e células bem diferenciadas são características de neoplasmas benignos.

Comentário:
Correta. Essas são as principais características de tumores benignos:

  • Ausência de anaplasia: as células mantêm sua diferenciação.
  • Sem invasão local: os tumores benignos não invadem tecidos vizinhos.
  • Crescimento lento: usualmente limitado.
  • Cápsula presente: muitos tumores benignos são encapsulados.
  • Semelhança com o tecido de origem: histologicamente se parecem com o tecido normal.
  • Células bem diferenciadas: mantêm funções e morfologia próximas das originais.

Alternativa A:

Tumores benignos apresentam baixa diferenciação, grau variável da anaplasia, crescimento lento, figuras de mitose normais e não apresentam metástases.

Comentário:
Incorreta. A descrição mistura características de tumores malignos com benignos.

  • “Baixa diferenciação” e “grau variável da anaplasia” são marcadores de malignidade, não de benignidade.
  • De fato, tumores benignos não apresentam metástases, mas isso por si só não torna a afirmativa correta.

Alternativa B:

Tumores bem diferenciados, com estrutura semelhante ao tecido de origem, com crescimento infiltrativo e grau variável de anaplasia caracterizam neoplasmas benignos.

Comentário:
Incorreta.

  • Embora boa diferenciação e semelhança estrutural indiquem benignidade, o crescimento infiltrativo e anaplasia são características típicas de tumores malignos.
  • Tumores benignos crescem de maneira expansiva, geralmente sem infiltrar tecidos adjacentes.

Alternativa D:

Tumores sem metástases, com baixa anaplasia, mitoses variáveis e infiltração local são considerados de mau prognóstico.

Comentário:
Incorreta.

  • A ausência de metástases e baixa anaplasia normalmente indicam um melhor prognóstico.
  • Infiltração local pode ocorrer em malignos, mas sem metástases e com baixa anaplasia, o prognóstico tende a ser menos grave.
  • O termo “mau prognóstico” está mal empregado neste contexto.

Alternativa E:

Metástases, crescimento rápido, mitoses numerosas com figuras anormais e anaplasia em grau variável são características de bom prognóstico.

Comentário:
Totalmente incorreta.

  • Todos os aspectos listados (metástases, mitoses anormais, anaplasia) são marcadores clássicos de malignidade.
  • Esses são indicadores de mau prognóstico, frequentemente associados a neoplasias malignas agressivas.

Alternativa A:

Todos os mamíferos, sem exceção, são suscetíveis à infecção pelo vírus rábico, às manifestações clínicas e ao desenrolar fatal da doença.

Comentário:
Essa afirmação é correta.

  • Todos os mamíferos são potencialmente suscetíveis à infecção pelo vírus da raiva, inclusive humanos, cães, gatos, morcegos, bovinos, equinos etc.
  • A doença, uma vez manifestada clinicamente, é quase sempre fatal, não havendo tratamento eficaz após o início dos sintomas.

Portanto, essa alternativa está correta.


❌✅ Alternativa B (Gabarito):

Morcegos hematófagos, frugívoros, insetívoros, nectarívoros ou onívoros são suscetíveis à infecção e ao óbito pela doença e apresentam diferentes linhagens ou variantes do vírus da raiva, cujo conhecimento é importante para estabelecer políticas de controle específicas.

Comentário:
Essa é a afirmativa incorreta, portanto é o gabarito correto da questão.
O erro está em dizer que todos esses tipos de morcegos (hematófagos, frugívoros, insetívoros, nectarívoros, onívoros) desenvolvem a doença com óbito.

  • Nem todos os morcegos infectados morrem. Muitos se tornam reservatórios assintomáticos, especialmente frugívoros e insetívoros, podendo carregar e transmitir o vírus sem apresentar sinais clínicos.
  • Eles são, sim, importantes na epidemiologia da raiva, pois carregam variantes específicas do vírus, e o mapeamento dessas variantes é essencial para políticas de controle.

🚫 Erro central: generalizar que todos os morcegos infectados vão a óbito, o que não é verdade.


Alternativa C:

A variante de vírus rábico clássica em cães e gatos, no Brasil, é a variante antigência 2 (AgV2), enquanto no morcego hematófago Desmodus rotundus, que é o reservatório da raiva para herbívoros e seres humanos, tem-se a variante antigênica 3 (AgV3).

Comentário:
Correta.

  • A AgV2 (variante antigênica 2) é tradicionalmente associada à raiva canina, e por consequência, a gatos em áreas urbanas.
  • A AgV3 é a variante relacionada ao morcego hematófago Desmodus rotundus, que é importante na transmissão para animais de produção e humanos.

Alternativa D:

A detecção de anticorpos contra o vírus da raiva em amostras de soro sanguíneo de cães e gatos é um teste de triagem importante para se proceder ou não a outros testes complementares específicos, como a inoculação em camundongos, para estabelecimento do diagnóstico.

Comentário:
Correta.

  • A sorologia (detecção de anticorpos) é usada para verificar resposta vacinal e também como triagem em investigações.
  • Para diagnóstico definitivo da doença em suspeitas clínicas, métodos como inoculação intracerebral em camundongos ou técnicas moleculares (RT-PCR, imunofluorescência direta) são mais específicos.

Alternativa E:

As vacinas utilizadas em campanhas públicas ou mesmo pelos médicos veterinários do setor privado são sempre inativadas, podendo ser produzidas a partir de camundongos ou em cultivo celular.

Comentário:
Correta.

  • As vacinas contra a raiva são sempre inativadas (vírus morto), pois vacinas com vírus vivo atenuado são proibidas em campanhas públicas por questões de segurança.
  • Podem ser produzidas:
    • Em cultivo celular (mais modernas e seguras),
    • Ou a partir de camundongos lactentes (método mais antigo, ainda utilizado em alguns contextos).

Resumo final:

AlternativaCorreta?Comentário
ATodos os mamíferos são suscetíveis e a raiva é quase sempre fatal.
BGabarito. Nem todos os morcegos infectados morrem; alguns são apenas reservatórios.
CAs variantes AgV2 (cães/gatos) e AgV3 (D. rotundus) estão corretamente atribuídas.
DSorologia é uma triagem útil; inoculação em camundongos pode ser usada para diagnóstico.
EVacinas são inativadas, produzidas em cultivo celular ou camundongos.
imagem Prova de Residência USP 2017 - Veterinária Prova de Residência USP - Veterinária

📊 Análise dos Resultados Laboratoriais

ParâmetroResultadoReferênciaInterpretação
Hemácias (x10⁶/mm³)3,65,0 – 8,0↓ Baixo – indica anemia
Hemoglobina (g/dL)6,012 – 18↓ Baixo – anemia
Hematócrito (%)2137 – 54↓ Baixo – anemia
Volume Corpuscular Médio (VCM) (fL)58,360 – 77↓ Levemente baixomicrocitose
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) (pg)16,622 – 27↓ Baixohipocromia
CHCM (%)28,631 – 36↓ Leve – reforça hipocromia
Reticulócitos (/mm³)40.000até 60.000↓ Baixoarregenerativa

🧠 Conclusão da análise clínica:

  • Anemia microcítica (VCM ↓)
  • Anemia hipocrômica (HCM ↓, CHCM ↓)
  • Arregenerativa (reticulócitos ↓)
  • Causa provável: deficiência de ferro (ferropriva), típica dessa morfologia e cinética.

📝 Análise das Alternativas

Alternativa A:

Anemia normocítica normocrômica arregenerativa, processo associado à deficiência de ferro.

Erro:

  • O animal apresenta anemia microcítica hipocrômica, e não normocítica normocrômica.
  • Apesar de ser arregenerativa, a morfologia não bate.
  • Deficiência de ferro causa anemia microcítica e hipocrômica.

Alternativa B:

Anemia microcítica normocrômica regenerativa, processo associado a alterações medulares.

Erros:

  • A anemia é hipocrômica, não normocrômica.
  • É arregenerativa, e não regenerativa.
  • Alterações medulares causam geralmente anemias normocíticas.

Alternativa C:

Anemia macrocítica hipocrômica regenerativa, processo associado a alterações extramedulares.

Erros:

  • O VCM está baixo, e não alto → não é macrocítica.
  • É arregenerativa, e não regenerativa.

Alternativa D:

Anemia macrocítica hipocrômica arregenerativa, processo associado a alterações medulares.

Erros:

  • Não é macrocítica.
  • A alteração não sugere patologia medular — não há pancitopenia ou outros achados sugestivos.

Alternativa E (Gabarito):

Anemia microcítica hipocrômica arregenerativa, processo associado à deficiência de ferro.

Correta:

  • Microcítica (VCM ↓),
  • Hipocrômica (HCM e CHCM ↓),
  • Arregenerativa (reticulócitos baixos),
  • Deficiência de ferro: principal causa desse padrão.

Entendimento prévio:

  • Proteinúria: presença anormal de proteínas na urina.
  • Pode ser renal (glomerular, tubular ou funcional) ou pós-renal.
  • A avaliação adequada envolve tanto análise qualitativa (fitas, sedimentoscopia) quanto quantitativa (RPC – relação proteína/creatinina).

🔍 Análise das Alternativas


Alternativa A:

A perda de proteínas plasmáticas de alto peso molecular, principalmente albumina, pela urina, associada à ausência de achados em sedimento urinário, é a principal característica das glomerulopatias.

Comentário:

  • Correto. Nas glomerulopatias, há dano na barreira de filtração glomerular, permitindo a perda de albumina e outras proteínas grandes.
  • O sedimento urinário geralmente é inativo (sem células inflamatórias ou hemácias).
  • Essa é uma característica típica da proteinúria glomerular.

✅ Alternativa correta.


Alternativa B (Gabarito):

Proteinúria renal funcional refere-se a uma alteração renal patológica transitória decorrente de exercício físico intenso ou febre, podendo, por exemplo, ocorrer com a presença ocasional de cilindros hialinos.

Comentário:

  • Incorreta. O erro está em chamar a proteinúria funcional de “renal patológica”.
  • Na verdade, trata-se de uma alteração funcional, benigna e transitória, sem lesão renal estrutural. Pode ocorrer após:
    • Exercício físico intenso
    • Febre
    • Estresse
  • Pode haver cilindros hialinos ocasionais, sim, mas não é uma condição patológica renal.

🚫 Erro conceitual: proteinúria funcional ≠ patologia renal.

Gabarito correto.


Alternativa C:

Proteinúria tubular é representada por proteínas de baixo peso molecular e reflete lesões que comprometem a reabsorção de proteínas. Nesses casos, ocasionalmente, pode-se encontrar albuminúria.

Comentário:

  • Correto. No túbulo renal proximal, proteínas de baixo peso molecular normalmente filtradas são reabsorvidas.
  • Em lesões tubulares (como nefrites intersticiais), essa reabsorção é prejudicada.
  • Pode haver alguma albuminúria, mas em menor grau que nas glomerulopatias.

✅ Alternativa correta.


Alternativa D:

A avaliação da proteinúria, frente à dificuldade de coleta da urina produzida em 24 horas e à variação da quantidade de proteína presente durante o dia, pode ser realizada pela razão proteína/creatinina urinária (RPC), uma vez que a creatinina é produzida em taxa constante.

Comentário:

  • Correto. A RPC urinária é um método prático e confiável para quantificar proteinúria com uma amostra única de urina.
  • Creatinina é produzida de forma constante, permitindo a correção da diluição urinária.
  • É especialmente útil em medicina veterinária, onde a coleta de urina de 24h é difícil.

✅ Alternativa correta.


Alternativa E:

Proteinúria pós-renal refere-se à perda de proteínas advindas de processos localizados desde a pelve renal, ureter, bexiga ou uretra ou, ainda, do trato genital e genitália externa.

Comentário:

  • Correto. A proteinúria pós-renal ocorre quando há inflamação, infecção ou sangramento nos segmentos após os rins (trato urinário inferior).
  • Exemplos: cistites, uretrites, prostatites.
  • Pode haver contaminação com secreções genitais externas.

✅ Alternativa correta.


Conclusão final:

AlternativaCorreta?Comentário
AGlomerulopatia com perda de proteínas de alto peso molecular e sedimento inativo.
BGabarito – Proteinúria funcional não é patológica.
CProteinúria tubular com proteínas de baixo peso molecular.
DRPC é adequada para avaliação sem coleta de 24h.
EProteinúria pós-renal vem do trato urinário inferior.

Afirmativa I:

Na evolução da doença valvar degenerativa, à medida que o quadro progride, o volume regurgitante aumenta, diminuindo, com isso, o volume sistólico e ativando mecanismos compensatórios, como: aumento da atividade do sistema nervoso central, atenuação do tônus vagal e ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, além de dilatação do átrio e ventrículo esquerdos, o que pode manter o animal assintomático por muito tempo.

Comentário:

  • Correto. Na doença valvar degenerativa (ex: insuficiência mitral), o volume regurgitante (fluxo retrógrado durante a sístole) aumenta com o tempo.
  • Isso reduz o volume sistólico efetivo.
  • O corpo compensa com:
    • Ativação simpática (SNC)
    • Redução do tônus vagal
    • Ativação do SRAA (retém sódio e água para manter a PA)
    • Dilatação atrial e ventricular, o que pode manter o paciente compensado e assintomático por um tempo.

✅ Afirmativa correta.


Afirmativa II:

Nas cardiomiopatias, quando o comprometimento miocárdico é grave, sobrepondo a capacidade de compensação do sistema cardiovascular, ocorre aumento da pressão diastólica final, causando edema pulmonar. Caso o ventrículo esquerdo também esteja comprometido, além de edema pulmonar, observa-se ascite e/ou efusão pleural.

Comentário:

  • Correto com uma pequena ressalva de redação.
  • Quando a função miocárdica é severamente comprometida, o coração não consegue ejetar ou preencher adequadamente, elevando a pressão diastólica final (principalmente no VE).
  • Isso gera:
    • Congestão pulmonaredema pulmonar
  • Caso haja também falência do lado direito (muitas vezes secundária à esquerda), ocorre:
    • Ascite
    • Efusão pleural (mais comum em gatos do que em cães)

✅ Afirmativa correta.


Afirmativa III:

Gatos com cardiomiopatia hipertrófica apresentam, em geral, hipertrofia do septo e da parede livre do ventrículo esquerdo. Quando o átrio esquerdo também está dilatado, há predisposição à formação de trombos, sendo esse um fator de risco para o tromboembolismo nessa espécie.

Comentário:

  • Correto.
  • A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) em gatos é caracterizada por:
    • Hipertrofia concêntrica do VE (parede livre e septo)
    • Pode haver obstrução ao trato de saída do VE
    • Aumento da pressão retrógrada → dilatação do átrio esquerdo
  • O átrio dilatado e com estase favorece formação de trombos, especialmente no apêndice atrial esquerdo.
  • Isso leva a risco de tromboembolismo aórtico (trombose de bifurcação ilíaca) – complicação típica em gatos com CMH.

✅ Afirmativa correta.


Afirmativa IV:

Considerando a fisiopatologia da insuficiência cardíaca, esta pode ocorrer por disfunção sistólica, quando o coração não é capaz de ejetar volume suficiente de sangue, ou por disfunção diastólica, quando o enchimento ventricular não é adequado.

Comentário:

  • Correto.
  • Insuficiência cardíaca (IC) pode ser classificada em:
    • Disfunção sistólica: redução na contratilidade e no volume ejetado (comum em cardiomiopatia dilatada).
    • Disfunção diastólica: prejuízo ao relaxamento e enchimento ventricular (típica da CM hipertrófica).
  • Ambas podem levar aos mesmos sinais clínicos, embora os mecanismos e tratamentos diferenciem.

✅ Afirmativa correta.


Conclusão final:

AfirmativaCorreta?Comentário resumido
IDescreve bem os mecanismos compensatórios na doença valvar degenerativa.
IIExplica corretamente congestão e efusões nas cardiomiopatias.
IIITraz com precisão a relação entre CMH felina, dilatação atrial e tromboembolismo.
IVDefine adequadamente as formas de disfunção cardíaca.

Alternativa A (CORRETA):

Laparotomia exploratória e correção da persistência de duto arterioso são exemplos de cirurgias “limpas” com taxas de infecção muito baixas, enquanto perfuração de trato intestinal e peritonite são consideradas “contaminadas”, sendo que a infecção já está presente no momento da intervenção cirúrgica.

Comentário:

  • Está correta.
  • A classificação de feridas cirúrgicas envolve 4 tipos:
    • Limpas: não penetram tratos contaminados (GI, urinário, respiratório) e sem inflamação (ex: herniorrafia, correção de PDA – persistência do ducto arterioso).
    • Limpas-contaminadas: penetração em tratos com controle adequado (ex: enterectomia sem vazamento).
    • Contaminadas: cirurgias com trauma recente, vazamento de conteúdo intestinal, perfuração gastrointestinal, início de infecção.
    • Infectadas: infecção já instalada no momento da cirurgia (ex: abscesso, peritonite séptica).
  • Portanto, o exemplo da alternativa está adequado à classificação padrão.

Alternativa B:

Desinfecção refere-se à destruição da maioria dos microrganismos patogênicos em pacientes, enquanto antissepsia refere-se à destruição da maioria dos microrganismos patogênicos em objetos. Os dois processos envolvem o uso de compostos líquidos.

Comentário:

  • Errado. Inverteu os conceitos.
  • Correto seria:
    • Antissepsia: destruição/inibição de microrganismos na pele e mucosas de pacientes vivos (ex: PVPI, clorexidina).
    • Desinfecção: processo usado em objetos inanimados (instrumentos, superfícies) – pode ser de alto, médio ou baixo nível.
  • Ambos podem usar compostos líquidos, mas o principal erro aqui é a troca dos conceitos de aplicação.

Alternativa C:

Pasteurella multocida e Corynebacterium spp são os agentes responsáveis pela maior parte dos casos de infecções cirúrgicas.

Comentário:

  • Incorreta.
  • Os principais agentes de infecções de sítio cirúrgico (ISSC) são:
    • Staphylococcus aureus
    • Staphylococcus pseudintermedius (em cães)
    • E. coli, Proteus, Klebsiella, dependendo da localização
  • Pasteurella multocida pode estar envolvida em feridas por mordedura, mas não é agente típico de infecção cirúrgica hospitalar.
  • Corynebacterium pode aparecer como contaminante ou agente oportunista, mas não é prevalente em infecções de ferida cirúrgica.

Alternativa D:

O risco de infecção cirúrgica depende do grau de contaminação do meio ambiente e não tem relação com o tempo de duração da cirurgia.

Comentário:

  • Falsa.
  • O risco de infecção cirúrgica está relacionado a múltiplos fatores:
    • Grau de contaminação da ferida cirúrgica
    • Tempo de duração da cirurgia – quanto mais longa, maior o risco de infecção
    • Técnica asséptica, estado imunológico do paciente, uso de antibióticos, etc.
  • O tempo de exposição da ferida é fator de risco reconhecido pela medicina veterinária e humana.

Alternativa E:

A hipotermia perioperatória é um fator de proteção contra infecção, pois a manutenção da temperatura abaixo de 37ºC impede a proliferação bacteriana.

Comentário:

  • Errado.
  • Hipotermia perioperatória é um fator de RISCO para infecção.
  • Ela causa:
    • Vasoconstrição periférica
    • Redução da oxigenação tecidual
    • Depressão da resposta imune
  • Isso favorece proliferação bacteriana e retardo na cicatrização.
  • Normotermia (temperatura normal) deve ser mantida no intra e pós-operatório para prevenir infecções.

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